Cerca de 80 estudantes dos 6º, 7º e 8º anos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Otávio Rosa, de Novo Hamburgo, assistiram às palestras da diretora da Escola do Legislativo do município, Maria Carolina Hagen, e da chefe da Seção de Programas Institucionais da EJERS, Débora Vicente, no plenário da Câmara Municipal, nesta terça-feira (28). A ação é a primeira após a EJERS e a Escola do Legislativo de Novo Hamburgo terem firmado uma parceria para promover os seus programas educacionais "Lideranças do Futuro" e "Vereador Mirim", respectivamente.

Em sua fala, Maria Carolina respondeu questionamentos dos alunos sobre a história de Novo Hamburgo e sobre as composição, funções e atuação do parlamento da cidade. Ela explicou as diferenças entre os três poderes da República – Legislativo, Executivo e Judiciário – e que a Câmara Municipal é responsável por aprovar e criar leis, bem como fiscalizar os atos da Prefeitura.

"Para o retorno do Vereador Mirim, temos a ampliação para as redes estadual e privada de ensino. Hoje a gente teve a presença dos alunos da Otávio Rosa, muito atentos, interessados e participativos. Outra novidade é a participação do TRE-RS. Os jovens se interessaram muito e eu fico muito feliz, porque a gente quer mesmo é despertar o interesse para que eles possam acessar os canais de comunicação, vir assistir a uma sessão e participar do Vereador Mirim”, disse Maria Carolina.

Em seguida, Débora Vicente falou aos estudantes sobre o funcionamento da Justiça Eleitoral e da democracia representativa no Brasil. Ela ressaltou que o país possui 213,3 milhões de habitantes e cerca de 150 milhões de eleitores. Explicou que podem exercer o direito de votar todos os brasileiros natos ou naturalizados, com mais de 16 anos, que fizerem sua inscrição eleitoral. "A partir dos 18 anos e até os 70 anos, o voto é obrigatório", lembrou. A servidora do TRE-RS mostrou a urna eletrônica e discorreu sobre a evolução do voto no Brasil, que atualmente é secreto, o que confere ao cidadão o direito de ter sua decisão resguardada, preservada e segura.

Débora enumerou ainda as importantes conquistas femininas na sociedade e na política, desde o direito a frequentar a escola até o direito a votar, o que só aconteceu no Brasil em 1932. Também apontou a necessidade de uma maior participação das mulheres na política. Para encerrar a palestra, comentou sobre fatos e fakes que envolvem a segurança das urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro, frisando, por exemplo, que é falsa a informação de que um hacker pode invadir o sistema. "A urna foi projetada para funcionar sem conexão a redes, seja por cabo ou wi-fi. Portanto, é impossível que um hacker possa invadi-la", frisou.

Muito participativo, Lucas Mello de Oliveira, 11 anos, aluno do 6º ano, destacou que, depois da palestra, pretende inclusive se candidatar ao cargo de vereador mirim. "Hoje aprendi sobre como funcionam as urnas, as primeiras mulheres a estarem na política, os vereadores, o papel da Câmara e, se tiver a oportunidade, quero retornar aqui com a minha escola", disse empolgado.

Após as palestras, os estudantes puderam experimentar fazer votos em urnas eletrônicas oficiais, instaladas pelo TRE-RS no local. O principal objetivo da ação é incentivar a participação do jovem na política e contribuir para a formação da cidadania e conhecimento dos aspectos políticos da sociedade brasileira.

Texto: adaptado de material da CMNH

Imagens: Maíra Kiefer/CMNH e ASCOM/TRE-RS